Com excitação boa ou má o resultado é o mesmo.
São muitas as vezes que perante comportamentos de morder ou abocanhar a roupa, as mãos ou a trela dizemos que o cão é mal comportado ou que é um cão dominante e quer tomar conta de nós. Quase sempre os resultados desses comportamentos são consequência da excitação, não de dominância, que o cão está a passar e esses comportamentos são o reflexo disso. Infelizmente, as más ideias são como os vírus tendem a manter-se presentes e a propagar-se. Não importa a origem da excitação, o resultado vai ser o mesmo, afinal é uma reação a um estímulo. A forma fisiológica como o corpo se prepara para lidar com uma situação excitante de qualquer tipo é a mesma (aumento do fluxo sanguíneo, aumento de neurotransmissores, aumento do ritmo respiratório) e isto leva a comportamentos semelhantes. A fronteira que define a zona ideal de bem estar e a zona do excesso é individual e variável. Obviamente, não é possível permanecer o tempo todo nessa zona pois os estímulos a que eles estão expostos não dependem somente de nós. A dificuldade aqui é definir quando é que se torna excessivo. Não existem fórmulas pois varia de indivíduo para indivíduo, por outras palavras, alguns cães têm uma grande resistência à excitação, para outros mexer um pêlo é já demasiado. O que provoca essa variação?
Tentar acalmar o cão pela força só vai aumentar o stress e prejudicar a sua relação com ele. Lembre-se que o que para si é diversão para eles pode ser uma situação difícil de gerir. Da próxima vez que o seu cão começar a morder a trela ou a roupa, pare e ouça-o. Muito provavelmente ele está a precisar de ajuda para acalmar e não está de todo a querer tomar conta de si.
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